Acordamos mais miseráveis que a nossa gata à qual recentemente tiraram os ovários, porque nos dói o ouvido. Sabemos que temos uma otite. Vamos ao médico. Chamam outro médico porque sozinhos não conseguem descobrir o que temos. Entretanto já estamos a pensar que temos um tumor cerebral, mas na realidade o diagnóstico é outro: temos uma otite. Ou seja, perdemos o nosso tempo para sabermos o que já sabíamos, sem passarmos não sei quantos anos a estudar, sem estágios chatos e sem ler aqueles calhamaços que só nos entortam a coluna e dão dinheiro aos gajos que têm o negócio da natação, porque toda a gente sabe que quando temos problemas de coluna é para lá que nos mandam.
Vamos à farmácia e compramos o que nos mandam. Quando chegamos a casa a pensar que já não vamos morrer, reparamos que o antibiótico sabe a veneno (não que já tenha provado veneno), e ficamos com medo que isso nos mate.
O tratamento está a acabar, e nós não aguentamos as dores. O ben-u-ron e o brufren 200 já não estão a fazer efeito mais que 20 minutos, e parecemos doentes terminais a contorcerem-se tipo minhocas.
Voltamos ao médico e novamente chamam outro. Dizem-nos que o antibiótico é o certo e para continuar o tratamento (querem-nos matar). Mas, em contrapartida, os analgésicos estão errados. Devíamos estar a tomar dois ben-u-rons e duas doses de brufen 400 ou 600. Conclusão: mais uma vez tentaram matar-nos de agonia.
Mais uma vez vamos à farmácia, felizes porque estamos fora de perigo (pensamos nós), mas ficamos com os cabelos em pé quando vemos a conta. “É por uma boa causa”, pensamos.
Só que o antibiótico já acabou e nós só piorámos, de maneira que voltamos ao centro de Saúde. Esperamos quinhentos anos menos umas horas por que sejamos atendidos, e finalmente entramos. A mulher é antipática (mas quem não seria, se tivesse passado não sei quantos anos sentado numa sala, para passar outros tantos noutra a ver ouvidos e gargantas, enquanto as pessoas se queixam?), e acaba por chamar outro médico (já alguém ouviu falar de independência?). Falam, falam, falam, nos confins do consultório e saem com um olhar que denota cumplicidade. Voltamos a pensar na história do tumor cerebral, até porque uma amiga nos disse que o nosso cérebro ia ser corroído aos poucos e que íamos morrer, e olhamos para a nossa mãe enquanto pensamos que não a vamos ver muito mais vezes. É aí que, quem sabe, começa a rezar, e quem não sabe, reza para aprender.
O que se passa é demasiado para eles, e mandam-nos para o hospital. Lá, deparamo-nos com um papel que diz que vamos ter que esperar em média 3 horas a menos que sejamos um caso grave. No entanto, esperámos 30 minutos. Isso significa que somos doentes terminais? Entramos a tremer, e eles não se decidem. Como somos muito bem comportados (pudera, só de olhar em redor), todos gostam de nós e não nos querem mandar embora. Primeiro vamos para a sala de espera, depois vamos para a Triagem (embora nos tivessem dito no centro médico que não era necessário, porque já somos demasiado crescidos), e por fim mandam-nos para o otorrinolaringologista (esta palavra dá trabalho a escrever). Passamos por corredores infindáveis, que afinal têm fim, e que nos levam a um beco cuja única saída é subir as escadas até ao 5º andar, visto que o elevador está avariado. Parece que nos estamos a conduzir para as masmorras (acho que já adivinharam que estou a falar do Hospital Santa Maria), o que só prova que somos todos uma cambada de masoquistas. Esperamos numa sala fria e ouvimos uma voz distante chamar o nosso nome. De repente encontramo-lo: o médico. Os nossos olhares cruzam-se e o nosso coração bate (bum-bum, bum-bum), como que a avisar-nos do que se avizinha. Ele manda-nos sentar, e nós temos a sensação que o conhecemos. Ele enfia-nos uma coisa metálica no ouvido, e raspa-o, enquanto o aspira. Esse ritual dura 10 minutos, mas quando pensamos que acabou, ficamos a saber que é apenas o início.
Seguidamente, ele enfia-nos uma coisa mais ou menos comprida dentro do ouvido, tão fundo que nós não a conseguimos ver, e diz para a tirarmos daí a dois dias… com uma pinça de arranjar sobrancelhas. Aquilo dói imenso e o nosso livro ameaça não durar muito mais com boa saúde. Mas ainda falta a pior parte: o homem enfia-nos (isto soa mal, eu sei) uma substância líquida dentro do ouvido que arde bastante, e nós temos de nos contorcer mais que os doentes terminais que imitam minhocas. Ele diz que aquilo vai durar 30 segundos, mas já se passaram 14 minutos e continuamos a ver o céu estrelado nas masmorras. Ele chama-nos “rapaz” mesmo que sejamos raparigas, apenas porque estamos com cara de sofrimento (queria vê-lo a ele com um aspirador no ouvido, já agora quase a sair-lhe pelo nariz), porque é um facto que os rapazes suportam muito menos a dor do que as raparigas, ao contrário do que se possa pensar.
Dizemos que não conseguimos tomar comprimidos, e ele responde-nos que “o tempo da pediatria acabou”. Estes médicos são mesmo bons a darem-nos notícias novas! A única coisa que tínhamos aprendido até então é que o nosso ouvido estava mesmo mal (o que também era uma grande novidade), e que “o bicho que provoca as otites é da família dos furúnculos” (alguém aqui teve furúnculos?). E que o alto que nos tinha aparecido atrás da orelha (mais um indício de tumor cerebral) nos últimos dias, também era um sintoma. É então que nos lembramos que já uma vez tínhamos passado aquela experiência havia três anos… e que tinha sido exactamente o mesmo médico! A grande revelação da noite é que finalmente havia alguém que temíamos/odiávamos mais que o nosso stor de geografia, que nos marca trabalhos de universidade, apesar de estarmos no 9º ano.
Voltamos à farmácia (o farmacêutico já devia saber o nosso número de cabelos de cor), e compramos mais medicamentos, que ao chegarmos a casa vemos que não conseguimos engolir. Temos uma discussão com as nossas mães que querem à força toda que nós tomemos aquilo, e temos uma discussão com nós mesmos porque queremos tomar aquilo, mas não conseguimos! E voltamos a achar que vamos morrer. Ou seja, acabamos a escrever um papel a dizer que quando morrermos, a nossa mãe vai sentir a nossa falta, e portanto ela compra-nos xarope (estúpido do homem, ele tinha dito que não havia!). Às tantas olhamos para o saco dos medicamentos, e vemos que temos dois tipos de cápsulas, dois tipos de comprimidos, um xarope, carteiras para dissolver, dois tipos de gotas e um pacote de bolachas. O nosso favorito é o pacote de bolachas. Ah, também encontramos umas vitaminas que são iguais àqueles ursos de goma com açúcar (alguém conhece?), e que cuja embalagem diz “crianças” de lado. O aviso é: “manter fora do alcance das crianças”, o que explica a abertura anti-crianças (ainda bem que já temos 14 anos, senão não conseguiriamos abri-lo).
Chegamos a casa, ao fim do segundo dia, e enfiamos a pinça no ouvido. Fartamo-nos de tirar bocados vermelhos que parecem sangue (as pessoas passaram o dia a dizer-nos que a nossa orelha estava a verter sangue, porque as gotas que pomos são vermelhas), mas não há sinal daquela coisa que ele nos enfiou.
Percebemos então que aquilo não vai sair. Conclusão: já sabemos que não temos nenhum tumor cerebral, mas agora pensamos que aquilo nos vai chegar ao cérebro e matar-nos (alguém acha que somos hipocondríacos?). Ou seja, no dia seguinte vamos ter de voltar ao médico.
De repente temos um choque: apercebemo-nos que já estamos neste ciclo vicioso (mais vicioso que a crise dos EUA, em 1929 – História, 9º ano. Alguém andou a estudar :D) desde o início do mês, sendo que aquele é o último dia do mesmo. O nosso choque aumenta (e agora nem o farmacêutico teria a certeza quanto ao nosso número de cabelos) quando percebemos que já gastámos 100€ e que continuamos a correr risco de morrer (é assim que os idosos se sentem, quando vêem que a reforma já não dá para a comida do gato?).
Traduzindo isto tudo: os médicos estão todos ligados entre si numa sociedade parcialmente anónima (nunca ninguém sabe os nomes do meio dos médicos!), e fazem-se de dependentes uns dos outros (mais do que os dependentes da heroína e afins), e de ignorantes (ou então são mesmo, e isto é uma manobra de diversão, mas não quero acreditar que o nosso país está entregue a isto, embora estejamos a falar de Portugal), que apenas nos querem extorquir dinheiro.
Agora estou há não sei quanto tempo a escrever a minha vida nas últimas semanas, que sei que não irá ser lida, e tenho que parar, porque aquilo do medo do coisinho me ir parar ao cérebro é verdade, e bem, eu também tenho vida. ^^
Sílvia Soares
D- Cães!
Ok, a minha primeira tentativa de escrever um artigo desinteressante e excepcionalmente inútil…
Vou falar de uma coisa terrível:
Os cães!
O que? Achas que os cães não são terríveis?
Claro que são terríveis!
Eles são capazes de comer a própria mãe, e logo depois violar os irmãos e as tias!
Os cãezinhos estão divididos em varias raças, mas vou falar apenas daquelas que mais me intrigam...
Vamos começar pelos Yorkshire...
Porque a nossa querida Rita tem um yorkshire...
Os pobres yorkshire tem maioritariamente nome de gay, e ninguém desobedece a essa regra, por exemplo, Rita chamou ao seu cão "Pom-Pom".... Ora
se o desgraçado do cão não era gay, só pelo nome já ficou marcado pela sociedade canina... Ora bem, os yorkshire são criaturas pequenas, que andam por aí
saltitantes com a mania que são elegantes, e são, na sua maioria, meigos. Frequentemente são confundidos com ratos, ou mesmo com o pelo das orelhas da tua mãe!
Querido leitor ^^... Os yorkshire sao estranhos, porque em vez de cheirarem o rabo dos outros caes em publico, preferem faze-lo em espaços fechados, alegadamente
por terem maior "privacidade" (estranho hein?)
Estes cães são os favoritos dos gays, das rainhas, dos sportinguistas e das rainhas.
Os S. Bernardo! Os S. Bernardo fascinam-me, nunca vi nenhum, cá para mim eles não existem, aposto que tu que estas a ler, nunca viste um São Bernardo pois não?
Claro que não! Porque eles simplesmente não existem! Dizem que o habitat natural deles é algures em Flashcijng, mas como eu nunca fui lá, e tu também não, é óbvio
que alguém inventou esse habitat natural, só porque sabia que nunca ninguém ia lá, e assim, ninguém podia provar que eles na realidade não existiam!
A única pessoa que sabe o que é na realidade um São Bernardo é a Maddie, agora é só encontrá-la para ela nos dizer ( muahahaha)
Os Basset Hound... É o famosíssimo cão salsicha! Prato favorito dos chineses, o basset é um cãozito que pode ser facilmente encontrado (ao contrario do São
Bernardo, que de facto, é um mito) desde os supermercados até às barracas de cachorros quentes. Toda a gente adora estes cães
principalmente dentro de um pão e com ketchup e mostarda... Quem adora estes cães são os emos, porque se identificam com eles. Olhos caídos, cara de desgraçado
orelhas caídas ao lado da cara, as pestanas negras, querem coisa mais emo? Basset Hound é o único cão que podes comer, e não é considerado zoofilia...
Sharpei...!
Não é um cão, é um monte de rugas ambulantes. Dizem que eles são o resultado de um caso entre o primeiro cão que existiu e a Lili Caneças.
Infelizmente, os Sharpei saíram à mãe, o que explica porque é que se tornaram naquilo que são. A Lili diz que não é a mãe deles, mas a verdade é
bastante clara, pois a semelhança é impressionante (sem plásticas claro).
By: Maximiano
E eis os nossos posts :D Agora e só votarem no que mais gostam! Têm 15 dias para efectuarem a vossa votaçao! : )
Participem e obrigado! ^^